Caminho Niemeyer terá integração barcas-ônibus

A futura estação hidroviária da cidade — a maior construção do Caminho Niemeyer — permitirá a integração barcas-ônibus. Pelo novo projeto do complexo arquitetônico, a estação, por onde passarão os ônibus, será construída atrás do Terminal Rodoviário João Goulart e terá 897 vagas de garagem. O prédio contará com lojas e restaurantes. Orçadas em R$ 7 milhões, as obras do terminal hidroviário devem ser iniciadas em agosto e ficarão prontas em um ano. A Barcas S.A., concessionária que financiará a estação, pretende procurar as empresas de ônibus a fim de criar o bilhete único. Esta é a terceira grande mudança no conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer. As seis obras do complexo, no Centro, receberão uma ajuda extra nas próximas semanas: empresas privadas vão doar sete mil toneladas de concreto para as obras.

Três diferentes versões para o mesmo projeto

Desde que foi anunciado, em 1997, o Caminho Niemeyer passou por três grandes reformulações. Projetado para ser um complexo arquitetônico com prédios espalhados pelas orlas de Centro, São Domingos e Boa Viagem, o conjunto de prédios acabou sendo planejado para ocupar uma área de aterro no Centro. Isso porque, o governo federal recusou-se a ceder terrenos da UFF para a prefeitura.

O segundo desenho, transformado em maquete e lançado em 1999, incluía 12 construções, entre elas cinco grandes torres de 20 andares, que poderiam ser residenciais ou comerciais, e uma capela sobre o espelho-d’água. Foram feitas três licitações para a construção das torres, mas como não apareceram interessados, o projeto foi descartado pela prefeitura. No atual desenho, a futura estação das barcas será erguida no lugar das torres. Os projetos das duas igrejas também foram alterados.