UFF, berço de sucesso

Recém-formado e diretor de “Um sol alaranjado”, filme premiado no Festival de Cannes deste ano, Eduardo Valente, formado pela UFF, está envolvido em um novo projeto. No fim do mês passado, antes de viajar para a França, ele filmou em Itaipava, “Castanho”, curta-metragem com dez minutos que trata da relação entre mulheres num spa. Algumas cenas foram feitas na Praia de Ipanema. A obra deve ficar pronta em outubro, a tempo de Valente inscrevê-la nos próximos festivais de cinema e, quem sabe, repetir o sucesso conquistado com seu primeiro curta.

— Atualmente estou montando o filme. Ele é quase um musical. Não há diálogos, nem números com coreografias — faz mistério.

“Um sol alaranjado” ganhou o primeiro prêmio da Mostra Cinéfondation do Festival de Cannes deste ano. A obra, filmada em preto-e-branco, foi toda produzida pela UFF. A história de um drama familiar rodado em Niterói foi selecionada entre 15 filmes universitários de diversas partes do mundo e o diretor faturou 15 mil euros.

Valente decidiu estudar cinema aos 14 anos, quando se flagrou à cata de salas com bons filmes. Hoje ele admira tantos diretores que prefere não eleger um preferido. Mas sabe o estilo que quer desenvolver:

— Gosto do cinema que lida com o dia-a-dia. Tem que ter um toque de mistério, já que as possibilidades oferecidas pelo mundo real são muito mais amplas do que imaginamos.