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      Resumo da UFF nas diversas etapas do PROVÃO - 1996 a 2001
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Informativo da Universidade Federal Fluminense
Uma publicação da Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
www.uff.br/ascom/uffon

Provão 99 abre novo ranking dos cursos

Os resultados do Provão 98 e as inscrições para o teste deste ano – abertas até 28 de março – estão mobilizando alunos e professores que, apesar das ressalvas ao método, defendem a importância da avaliação para o aperfeiçoamento do ensino de graduação. O que muita gente não sabe, por ser pouco divulgado, é que o critério para atribuição dos conceitos (de A a E) aos alunos de cada instituição não está diretamente relacionado ao valor das notas por eles obtidas no Exame Nacional dos Cursos. O que o MEC faz é um ranking dos cursos, dentro de um critério estatístico sem fundamentação pedagógica.

"Para se definirem os conceitos de cada curso, foi calculada, em primeiro lugar, a média aritmética das notas dos seus graduandos presentes ao Exame, incluindo-se aí os zeros resultantes de provas em branco" – explica o Relatório-Síntese do Provão 98 publicado pelo Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. "Em seguida, os cursos foram ordenados, segundo as médias obtidas, e agrupados em categorias, delimitadas pelos percentis 12, 30, 70 e 88. O percentil 88 (ou o 88º percentil) é o valor que separa do restante as 12% mais altas médias" – continua o documento.

Trocando em miúdos, isto significa que se 88% dos cursos de uma área de conhecimento obtiverem médias entre 9,7 e 10 eles vão receber conceitos de D a A, enquanto um curso com 9,6 de média ficará com conceito E. Da mesma forma, um curso com média 2,8 pode ter conceito A, desde que esteja entre os 12% com maiores notas, o que favorece as áreas que têm muitos cursos com desempenho médio nacional fraco. Sem entrar no mérito dos conteúdos avaliados e outros pontos polêmicos, apenas analisando os critérios de atribuição dos conceitos, surgem perguntas: um curso conceito A e média 2,8 pode ser considerado de excelência? Um curso conceito E com média 9,6 pode ser fechado?

QUE AVALIAÇÃO É ESSA?

De acordo com o Inep o Exame Nacional de Cursos é "um dos elementos da prática avaliativa, que tem por objetivo alimentar os processos de decisão e de formulação de ações voltadas para a melhoria dos cursos de graduação. Visa a complementar as avaliações mais abrangentes das instituições e cursos de nível superior que analisam os fatores determinantes da qualidade e a eficiência das atividades de ensino, pesquisa e extensão, obtendo dados informativos que reflitam, da melhor maneira possível, a realidade do ensino". Para o instituto, o exame "não se constitui, portanto, em um mero programa de testagem nem no único indicador a ser utilizado nas avaliações das instituições de ensino superior". Contudo, o MEC condiciona a concessão do diploma registrado (fundamental para o exercício profissional em algumas carreiras) ao simples comparecimento ao Exame, independentemente do resultado.

O Momento UFF ouviu os coordenadores de todos os cursos que vão ser avaliados este ano. Quase todos apontaram distorções no método utilizado pelo Ministério mas condenaram o boicote – feito pelos alunos de Jornalismo e de licenciatura em Matemática (de Santo Antônio de Pádua) – como forma de protesto.

O conceito E recebido pelos alunos de Jornalismo (uma das três habilitações do curso de Comunicação Social e segunda maior relação candidato-vaga no vestibular de 99) foi destaque nos jornais do Grande Rio que, no entanto, não esclareceram devidamente ao público que se tratava de um boicote, como divulgou a Assessoria de Comunicação da Universidade. O resultado já havia sido antecipado em junho do ano passado pelo nº 1 do tablóide Aliás: "dos 42 alunos que compareceram ao Provão, 40 entregaram a prova em branco ou redigiram notas de protesto contra essa forma de avaliação das universidades", informou a publicação feita pelos alunos da disciplina Jornal Laboratório.

Na verdade, o ensino de Jornalismo da UFF não chegou a ser avaliado, ressalvou o coordenador do curso de Comunicação Social, Antonio do Amaral Serra, que até o fechamento desta edição ainda não havia recebido a comissão de especialistas do MEC encarrecada de checar a titulação e jornada de trabalho dos docentes, bem como a infra-estrutura do curso. Segundo a chefe do Departamento de Comunicação, Sylvia Moretzsohn, os 27 professores responsáveis pelas disciplinas teóricas e práticas oferecidas aos estudantes de Jornalismo têm o seguinte nível de qualificação: 12 são doutores, sete são mestres (dois deles doutorandos) e cinco mestrandos; 24 trabalham em regime de dedicação exclusiva, dois em 40 horas e um em 20 horas.

Outro curso que não teve seu conceito E muito bem explicado foi o de Matemática de Pádua. No final de dezembro a comissão de formandos enviou uma nota ao jornal O Tempo, que circula no noroeste fluminense, explicando que todos os estudantes, "sem exceção", assinalaram duas alternativas em cadaquestão e rasuraram o espaço destinado à resposta das questões discursivas. "Fizemos um protesto isolado contra esta forma de avaliação arbitrária (grifo deles), abusiva e inadequada imposta pelo Governo", afirmaram. Agora o Provão – que foi realizado durante período de greve prolongada – está sendo discutido entre professores e alunos, segundo a coordenadora do curso, Célia Januzzi. "Querendo ou não, é o que nos foi imposto para avaliar os cursos. Acho que os alunos devem fazer", diz. Ela também aguarda a comissão de especialistas do MEC para verificar as condições do curso, que habilita professores para 1º e 2º graus e possui 16 professores, dos quais 8 substitutos. "Espero que seja uma avaliação justa. Avaliação como diagnóstico é sempre boa e deve ser contínua. Sabemos das nossas deficiências, pois já nos auto-avaliamos. A avaliação do Paiuff, por exemplo, feita em 1997, foi e está sendo muito útil, subsidiando a elaboração do novo currículo", esclarece a coordenadora.

CONCEITOS DA UFF NO EXAME NACIONAL DE CURSOS (PROVÃO) - 1996-98

Curso Ano Alunos Docentes (Titulação) Docentes (carga horária)
Adminstração (Niterói) 1998 A A A
1997 A SI SI
1996 A SI SI
Adminstração (Itaperuna) 1998 A SI SI
1997 SI SI SI
1996 SI SI SI
Adminstração (Macaé) 1998 A A A
1997 SI SI SI
1996 SI SI SI
Adminstração (Nova Iguaçu) 1998 A SI SI
1997 SI SI SI
1996 SI SI SI
Direito (Niterói) 1998 C B A
1997 B C A
1996 B C B
Direito (Nova Iguaçu) 1998 B E A
1997 E SI SI
1996 SI SI SI
Engenharia Civil 1998 B A A
1997 A A A
1996 A A A
Engenharia Elétrica 1998 C A A
Engenharia Química 1998 B A A
1997 A A A
Jornalismo 1998 E SI SI
Letras 1998 A A A
Matemática (Niterói) 1998 A A A
Matemática (Pádua) 1998 E D A
Medicina Veterinária 1998 C A A
1997 C A A
Odontologia 1998 C A A
1997 C A A

QUESTÕES MAL FORMULADAS

Um pequeno movimento em favor de boicote também rondou os estudantes de Odontologia da UFF, que acabaram aderindo integralmente ao Provão. No entanto, eles não estão muito preocupados se o teste trará benefícios ou prejuízos para as suas carreiras, segundo o coordenador do curso, Eduardo Gomes Cortes Castro. Tanto que nem se abalaram com o conceito C em que foram enquadrados, em contraste com um corpo docente que há dois anos recebe A em titulação e jornada de trabalho. Já os alunos de Engenharia Elétrica reagiram indignados ao mesmo conceito, revela o coordenador Josef Perecmanis, para quem o Provão é mal formulado. "A turma era uma das melhores, mas o MEC misturou alunos de habilitações diversas, como elétrica, eletrônica, telecomunicações. No nosso caso, eram poucos de elétrica e a maioria de telecomunicações, com muito tempo de faculdade. O curso é muito bom (os professores também são A). O mercado absorve nossos alunos, que conseguem empregos e estágios em grandes empresas", informa Perecmanis. Para ele, a maior preocupação dos recém-formados não é o Provão mas a crise do setor elétrico. "A privatização diminuiu a quantidade de empregos", avalia.

Essa má formulação das provas também influiu no desempenho dos alunos de Veterinária, que obtiveram conceito C nos dois últimos exames, contra o A mantido pelos docentes. Segundo Maria Helena Gaspar, coordenadora do curso, a primeira prova tinha questões com dupla interpretação mas a segunda foi melhor elaborada. "Tenho visto o grande interesse da mídia pelo assunto, principalmente pela veiculação dos conceitos, mas para mim o mais importante é testar o grau de conhecimento dos alunos e a forma como estão sendo repassados os conhecimentos, procurando fazer com que todos trabalhem de forma harmoniosa para a melhoria da qualidade de ensino", enfatizou a coordenadora.

Quem também não concorda com a forma como a avaliação dos alunos vem sendo feita é a coordenadora do curso de Direito, Jurema Stussi. "A última prova aplicada aos nossos formandos, por exemplo, não investigou se o aluno tem uma visão crítica do Direito, na opinião da quase unanimidade dos professores que analisaram as questões. Não queremos formar meros leitores de códigos e sim juristas com visão humanista", informou Stussi. O curso, cujos estudantes caíram de B para C entre 97 e 98, já recebeu a comissão de especialistas do MEC, que concedeu conceito MB (equivalente ao A) para o desempenho didático-pedagógico e B para a estrutura e corpo docente. "Esse resultado nos deixa bem à vontade para solicitar ao MEC os meios que necessitamos para melhorar as condições materiais do ensino e a titulação dos nossos professores", ressalta a coordenadora.

Cair de A para B deixou muitos alunos de Engenharia Civil chateados, segundo a coordenadora do curso, Chou Sin Hwa, que ressalta o fato de o Provão ser realizado uma vez por ano e, sendo em junho, não permitir que os formandos do segundo semestre tenham cumprido todo o currículo. Para ela, embora o resultado do exame do MEC tenha repercussão no mercado, ele não deve ser a única forma de avaliação. O projeto de avaliação interna e externa, sob responsabilidade do Paiuff, também é importante, defende Sin Hwa.

Retrocesso idêntico viveram os formandos de Engenharia Química, em contraste com o duplo A de seus professores, o que pode ser justificado pelo perfil dos alunos que foram avaliados: antigos na universidade, alguns com mais de dez anos de curso e outros até com prazo esgotado. "A prova também estava mais difícil, com perguntas de dupla interpretação, revela a coordenadora do curso, Luciane Pimentel Costa Monteiro. Segundo ela, o Provão não tem uma boa aceitação entre os alunos, mas o Departamento de Engenharia Química e a coordenação vêm trabalhando juntos para mostrar a importância dessa avaliação. "Tentamos incentivá-los por meio de palestras e conversas informais, mostrando que o seu diploma depende desta avaliação. É como se fosse um vestibular para a vida profissional", diz a coordenadora. Ela considera que o exame tem seus lados positivo e negativo. "A nota pode refletir de várias formas no prestígio interno e externo do curso e até mesmo influenciar a escolha pela universidade".

DONOS DO TRIPLO A

Só quatro cursos da UFF alcançaram o status de "triplo A" (na avaliação dos alunos e dos docentes): Letras, Matemática (Niterói) e os de Administração de Niterói e Macaé. Para o coordenador dos quatro cursos de Administração, Luiz Coelho, este bom resultado se deve em grande parte ao mesmo currículo mínimo e à vontade dos alunos de pôr a UFF com o conceito máximo, independente de discordância em relação ao método de avaliação. Coelho acha absurdo tirar das universidades federais a prerrogativa de reconhecerem seus próprios diplomas. Além disso, os professores do curso constataram erros conceituais das bancas que elaboraram as provas nos anos anteriores.

O bom desempenho dos graduandos de Letras – terceiro maior em número de alunos da Universidade, com oito habilitações – não mudou a opinião da coordenadora do curso, Marlene Gomes Mendes, sobre o teste aplicado aos alunos, que para ela "não mede nada" e está incentivando a abertura de "cursinhos" preparatórios. "Isto é um total desrespeito à nossa instituição, mas não temos escolha. Se os alunos não fizerem, o que vai aparecer na mídia é o conceito E, como aconteceu com o Jornalismo." Marlene Mendes lembra que tanto o boicote quanto o bom desempenho podem ter reflexo nas inscrições do vestibular seguinte, reduzindo ou aumentando a procura. "Acho que a melhor maneira de protestar contra o método, no caso dos estudantes, é fazendo uma boa prova." Os professores também podem manifestar seu desacordo com esse sistema de avaliação ao responder o questionário enviado pelo MEC, como fizeram alguns que dão aulas para o curso de Letras.

Apesar de todas as críticas, a coordenação do curso de Matemática de Niterói considera válido o método de avaliação do Exame Nacional de Cursos e entende que a polêmica estabelecida se deve ao fato de a mídia divulgar apenas parte do processo, que é o resultado do Provão. A avaliação dos cursos de graduação também inclui indicadores de qualidade de acordo com os padrões da comunidade acadêmica, lembra a coordenadora do curso, Maria Lúcia Villela, para quem os alunos entenderam muito bem o seu papel neste processo. "A coordenação estabeleceu um diálogo muito produtivo com eles, dando o apoio necessário e as informações primordiais em tempo hábil. A prova para o curso de Matemática foi considerada simples, porém muito longa, pela grande maioria dos alunos. Na avaliação da prova encaminhada ao Inep, a coordenação sugeriu que fosse diminuída a quantidade de questões de múltipla escolha e considerou razoável o número de questões discursivas. "O comparecimento dos alunos foi de 99%, e não houve boicote como em outros cursos" – esclareceu Villela.

AVALIAÇÃO

Para a chefe da Subcoordenadoria de Avaliação da Proac, professora Rosângela Lopes Lima, também membro do Projeto de Avaliação Institucional da UFF (Paiuff), o Provão é uma avaliação pontual que não pode ser única. E não se limita ao conceito atribuído aos alunos de um curso. Ela lembra as visitas de comissões de especialistas do MEC, pouco divulgadas na mídia. Na UFF, seis cursos já receberam a visita: Administração, Direito, Engenharia Civil, Engenharia Química, Medicina Veterinária e Odontologia.

"A universidade deve se adiantar às comissões do MEC e elaborar diagnósticos de cursos, chamando comissões de especialistas e estabelecendo critérios para que os cursos sejam avaliados", diz Rosângela. "É importante o aluno fazer a prova da melhor maneira possível, mesmo não concordando com o Provão. A UFF tem que investir nesta resposta à sociedade. Se temos cursos de qualidade, não podemos deixar que pensem que não temos."

As comissões de especialistas do MEC são compostas por dois especialistas da área. Geralmente eles passam dois dias visitando as instalações do curso, em contato com o coordenador e alunos. Além dos conceitos atribuídos, indicam o que deve ser feito: melhoria de laboratórios, atualização de bibliotecas (principalmente com aquisição de periódicos), contratação de professores. De onde virão os recursos é a pergunta a ser respondida.

Os conceitos emitidos pelas comissões do MEC para a avaliação das condições de oferta dos cursos, realizada em 1998, são os seguintes:

Curso Corpo Docente Organização didático-pedagógica Instalações
Administração CB CR CR
Direito CB CMB CB
Engenharia Civil CMB CMB CB
Engenharia Química CB CMB CB
Medicina Veterinária CB CMB CI
Odontologia CB CB CR

LEGENDA
CMB: condições muito boas - CB: condições boas
CR: condições regulares - CI: condições insuficientes

OS ESTREANTES

        Os formandos de Economia, Engenharia Mecânica e Medicina farão sua estréia no Provão deste ano cientes dos efeitos dos boicotes isolados e da maneira como a mídia divulga os resultados negativos (abaixo de B). "Acredito que os estudantes estão conscientes da sua importância na qualidade do curso, sentindo-se também responsáveis por ela", afirma a coordenadora do curso de Engenharia Mecânica, Myriam Eugênia Barbejat. Para isso tem contribuído muito o Programa Especial de Treinamento (PET) da Capes, na opinião da professora, que não entende por que o MEC quer tirar da universidade a autoridade de conceder o diploma. Tranqüila quanto à formação profissional do aluno, Barbejat tem dúvidas se a capacidade de trabalho do formando será realmente medida, mas está atenta à repercussão dos resultados na mídia e suas conseqüências, por ser o instrumento de avaliação do ministério. Há cerca de um ano o curso preocupa-se também com a auto-avaliação, consciente das modificações pelas quais tem que passar para atender melhor às demandas da profissão, procurando readaptar-se em áreas como a mecatrônica, por exemplo. A formação mais humanística é outra preocupação. "O aluno deve desenvolver iniciativa, criatividade, habilidades de comunicação e de trabalho em equipe e acreditar em seu potencial", diz a coordenadora.
        "Não devemos mascarar a realidade do nosso curso para não parecer artificial, devemos deixar que a avaliação seja feita de forma a mostrar o nosso cotidiano", afirma o coordenador do curso de Ciências Econômicas, Antônio da Costa Dantas Neto, que fez um trabalho de conscientização para os docentes orientarem os alunos sobre o Provão, deixando-os à vontade para fazerem sua opção. Ele não concorda com a forma de avaliação baseada em uma prova nacional para alunos de universidades que têm currículos diferenciados. Segundo Dantas, o corpo docente deve conseguir um bom conceito, pois 80% são doutores. Mas ele demonstra preocupação quanto à relação professor/aluno, que na Economia é de 1/69, enquanto o MEC considera ideal nesta área a proporção de 12 alunos para cada professor.
        Já o coordenador do curso de Medicina, José Carlos Baptista Vieira, acha cedo para dizer se o Provão do MEC é válido ou não, embora acredite que toda avaliação é fundamental. Mesmo ainda não sabendo do conteúdo, alunos e professores estão tranqüilos e não há nenhum movimento de boicote. O curso de Medicina da UFF já é avaliado pela Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico (Cinaem), projeto constante, permanente e dinâmico das escolas médicas de todo Brasil. Além disso ele se preocupa em verificar não só a capacidade de trabalho do formando, mas de toda a instituição. "Não é apenas uma prova de final de curso", diz o coordenador. Vieira não se preocupa com a repercussão na mídia: "A notícia é temporária", afirma. Mas acha "um absurdo" a entrega do diploma estar relacionada com o Provão, já que a UFF é subordinada ao MEC: "Isso é uma forma de obrigar os alunos a comparecerem às provas".

POR DENTRO DO EXAME

As provas deste ano serão aplicadas no dia 6 de junho, um domingo, às 13h. Os alunos deverão estar no local de provas às 12h15. A única instância responsável pela inscrição dos alunos é a coordenação de cada curso. Ela deve identificar os prováveis graduandos do ano letivo de 1999 e ex-alunos que não prestaram o exame nos anos anteriores e que por isso não podem ter seus diplomas encaminhados para registro. O graduando deve informar à sua instituição qualquer mudança em seus dados pessoais, principalmente o endereço residencial. As instituições deverão fornecer ao Inep os dados cadastrais dos formandos inscritos até o dia 28 de março.

Se o estudante faz o exame e tira uma nota que não o agrada, pode fazer prova novamente. Para isso é necessário entrar em contato com a instituição na qual estudou e atualizar seus dados. Já quem não prestar o exame não receberá o diploma registrado (Lei 9.131/95). Mas poderá participar da formatura, receber seu histórico escolar e até certificado de conclusão de curso.

QUEM ELABORA

A responsabilidade de formular o Provão é das Comissões de Cursos, compostas por especialistas de notório saber, atuantes na área, constituídas por Portaria Ministerial após consulta às Comissões de Especialistas de Ensino da Secretaria da Educação Superior (SESu), ao Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub) e aos conselhos federais e associações nacionais de ensino de profissões regulamentadas. As Comissões de Cursos são responsáveis pela definição dos objetivos, do perfil desejado do formando, das habilidades e conteúdos programáticos a serem avaliados. Seus membros, além de serem subsidiados pelas contribuições das organizações pelas quais foram indicados, contam também com os subsídios encaminhados pelas instituições de ensino superior. Após este trabalho, as comissões orientam as bancas elaboradoras dos instrumentos necessários para a realização do Exame.

OS CONCEITOS

Os critérios para atribuição dos conceitos dos alunos e dos docentes são os seguintes:

Conceito Nota dos Alunos Titulação dos Docentes Jornada de Trabalho dos Docentes
A 12% dos cursos com as melhores notas Mais de 50% dos professores têm título de mestre ou doutor Mais de 50% dos professores têm contratos de mais de 20 horas semanais
B 18% dos cursos 31% a 50% 31% a 50%
C 40 % dos cursos 21% a 30% 21% a 30%
D 18% dos cursos 11% a 20% 11% a 20%
E 12% dos cursos com as piores notas Até 10% dos professores têm mestrado ou doutorado Até 10% dos professores têm mestrado ou doutorado

Informações no site do Inep: www.inep.gov.br/enc

Ascom: Sonia Aguiar (assessora); Produção do Momento UFF: Marcelo Gualda; Equipe de Jornalismo: Adriana Barbosa, Kátia Vieira, Lucília Machado, Luiza Helena Peluso, Margareth Rossi, Rosane Fernandes, Sonia de Onofre; Programação Visual: Marcos Monteiro, Jaime Baron, Carol Jordão (bolsista) - Reitoria, 8º andar - Telefones: 717-8271 e 620-8080, ramais 357 e 453 -
E-mail: momento@vm.uff.br
Versão Web: Luiz Alberto Maron Vieira

 

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 Atualizada em 14/06/2004