A Editora da UFF (Eduff) e a Livraria Universitária estão no lugar
perfeito para um encontro casual com as letras: entre o verde e o mar, no prédio
anexo à Reitoria, o espaço marca mais um ponto de cultura e de lazer. A livraria tem 100
metros quadrados que abrigam novos planos e muitas modificações. Seu porte permite à
universidade ocupar o espaço de livreiro. A UFF é uma das poucas federais que possui
livraria própria.
Há alguns anos a livraria deixou de ser um simples ponto de venda, com apenas 36
fornecedores, passando a ter um novo perfil e muitos projetos. Os atuais 170 fornecedores
incluem outras editoras universitárias, particulares, autores independentes e pessoas que
confeccionam trabalhos manuais. Tudo isso garante a diversificação. Os usuários vão
encontrar aproximadamente oito mil títulos, de todas as áreas do conhecimento, e um
acervo com 11 mil volumes. Essas mudanças permitiram à universidade abarcar projetos
culturais, como lançamento de livros, oficinas de poesias e de contos, sala de leitura e
contadores de história.
Mas nem só de livros vivem as livrarias. Lá são vendidos exemplares de provas de
vestibulares anteriores da UFF (que podem ser adquiridos a partir de R$ 1), jogos
educativos, materiais pedagógicos, mapas emborrachados do corpo humano, tapete
alfabético, cartões postais da série Mestres da Música (Beethoven, Vivaldi,
Liszt e outros), livros de pano, caleidoscópios, cartões, origamis, caixas de presentes,
envelopes de papel reciclado, agendas, calendários. Esses materiais são confeccionados
por professores e funcionários da própria universidade e deixados lá em forma de
consignação.
Outras atrações são os CDs (poemas de Gregório de Mattos e Antônio Cícero) e
vídeos. Quem gosta de biologia, não pode deixar de assistir Os círculos encantados
dos cogumelos, uma produção do Instituto de Biologia da UFF. O Unicef está presente
com os tradicionais cartões de Natal.
Entre vários projetos culturais da livraria podem-se destacar o Estante Fluminense, que
já viajou quase todo o interior do estado e Região dos Lagos, e a Livraria Volante, que
leva o acervo a vários pontos da universidade. Participa, também, a convite, de eventos
dentro e fora da UFF.
Hoje o espaço da livraria serve para os lançamentos da Eduff: dois por mês, em média.
Mas já foi palco de pressão política, no final da década de 60. Chamava-se Livraria
Universitária Fluminense Editora (Lufe) e pertencia a Aníbal Francisco Alves Bragança,
atualmente professor do Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF. Foi fechada logo
após a edição do AI-5, em dezembro de 1968. Era um lugar que polarizava estudantes e
professores, num período de muita efervescência política, e isso incomodava.
Depois disso muitas páginas foram viradas, e agora a Livraria da UFF tem a cara dos anos
90. A filial funciona na sala 101, do Bloco B, no Campus do Gragoatá. Na Reitoria está
aberta das 9h às 18h e a filial das 13h às 20 horas. Seja curioso, vale a pena conferir. |